quinta-feira, 21 de maio de 2009

Acompanhe o Circuito Revelando os Brasis Ano III

É, pessoal!!! Começou o Circuito Revelando os Brasis!
Agora, os vídeos das cidades do projeto voltam aos seus locais de origem para serem exibidos em telas de cinema e ao ar livre. Acompanhe tudo pelo Blog do Circuito:

http://imazul.org/circuitorevelando

Deixe seu comentário lá.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

“O Dono do Carnaval” no canal Futura

Neste domingo, 18/01, o Canal Futura exibe o vídeo “O Dono do Carnaval”, de Maria de Lourdes Scabine Lezo. Desde o dia 7/12 a emissora exibe os vídeos da terceira edição do projeto Revelando os Brasis no Canal Futura. A expectativa é de que até o final desse ano sejam exibidos os 40 vídeos realizados em pequenas cidades do país com até 20 mil moradores. O projeto é realizado pelo Instituto Marlin Azul e pela Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, com patrocínio da Petrobras e parceria do Canal Futura.

No Canal Futura a exibição de cada vídeo é acompanhada de entrevistas com os realizadores. Quem comandará o programa desta vez será o ator Ernesto Piccolo. Os programas são exibidos aos domingos, às 14h30 e reprisados as terças-feiras, às 23h30.

O primeiro vídeo exibido foi “Minha Arte é Vida Após a Morte”, de Enaldo André Zambon. Na sequência, no dia 14/12, foi exibido “A Professora em uma Comunidade Alemã”, de Irene Rios, no dia 21/12, “Taipa no Estado de São Paulo”, de Lia Márcia de Alcantara Marinho, no dia 28/12, “Photografos – Cima da Serra”, Liane de Oliveira Castilhos, no dia 04/01, “Cachorro Quente Vodu”, de Elano Ribeiro Baptista, e no dia 11/01, “Três Coveiros”, de Francisco Flor.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Mostra Revelando os Brasis


Está acontecendo durante o festival Vitória Cine Vídeo a primeira Mostra Revelando os Brasis nacional.
Durante a semana de 10 a 14 de Novembro, no Theatro Carlos Gomes, estão sendo exibidos os 40 vídeos do Ano III.
Todas as sessões começam às 18h30 e a entrada é gratuita.  Quem quiser reservar um lugar, é bom chegar um pouquinho mais cedo para pegar o seu ingresso na bilheteria do Theatro, que abre ao meio-dia.
Acompanhe a Mostra pelo site do Vitória Cine Vídeo.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

A Dois Passos do Paraíso

 
  
  
  
 


Quem diria que o sucesso da banda Blitz na década de 80, “A Dois Passos do Paraíso”, iria virar tema de filme. O amor entre Arlindo Orlando e a Mariposa Apaixonada agora ganha versão cinematográfica.
A história da jovem que iria fugir com o namorado, o caminhoneiro Arlindo Orlando, aconteceu de verdade na cidade de Miracema do Tocantins. O casal, hoje, já constituiu novas famílias.

O diretor Alan Russel Waine Gontijo, conta que foi preciso uma verdadeira transformação em alguns pontos da cidade para refletir o que aconteceu no passado. Uma borracharia foi toda remontada para ser fiel ao que era na época em que tudo aconteceu.

Ao todo foram seis dias de gravações. De acordo com o diretor a chuva interrompeu as gravações por dois dias, atrasando o trabalho da equipe. Esse é o primeiro trabalho audiovisual do diretor. Ele se diz satisfeito com o resultado. “O melhor foi que a cidade se envolveu e acabou contribuindo para um bom resultado”, diz.
O diretor esclarece que o principal objetivo do vídeo é chamar a atenção para a importância da divisão geográfica da região. “Eu quero mostrar a realidade do norte do Goiás, hoje Tocantins. Quero mostrar o cotidiano dos caminhoneiros da época e a necessidade da divisão do Estado”, explica.

Fotos: Arquivo Revelando os Brasis

Do Voto no Saco do Rei da Bala Chita à Urna que tem Feição, mas não Proseia

 
  
Dr João Batista, obstetra e ex Vice-Prefeito, um dos entrevistados do documentário

 
Deise em uma das cenas do documentário

 A evolução tecnológica e suas implicações no processo eleitoral é a principal discussão do vídeo de Deise de Araújo Rocha, “Do Voto no Saco do Rei da Bala Chita à Urna que tem Feição, mas não Proseia”.

Colorado D'Oeste é uma cidade voltada às atividades agrícolas. Sua população urbana tem fortes ligações com a área rural e dela é o sustentáculo do sistema social e econômico. A cidade viveu durante a sua formação os três períodos do sistema eleitoral.

No primeiro, a urna onde se depositava o voto e nela colocava-se a vontade de alguns que com poder e cabresto curto comandavam a vontade da maioria. O segundo momento veio com a urna eletrônica, que permitiu o acesso à tecnologia. O terceiro momento está ocorrendo agora com um projeto pioneiro da qual Colorado e mais três cidades no Brasil participam. É a implantação da urna com identificação biométrica. “Como esse homem rurbano (homem rural e urbano) está lidando com essa nova mudança é o que pretendo discutir nesse documentário”, explica Deise.

Para fazer o documentário ela aproveitou o dia da festa da democracia, 5 de outubro. Enquanto as pessoas foram para as urnas votar, e testar a urna biométrica, ela aproveitou para pegar as primeiras imagens do seu documentário.
O vídeo conta com depoimentos de pessoas importantes da cidade, como o da Sra. Olga Crosati, moradora da cidade há mais de 30 anos e a primeira professora com graduação de Colorado D´Oeste. “Dona Olga é uma enciclopédia viva, sabe tudo sobre política, ela não poderia ficar fora desse documentário”, explica a diretora.
Outro entrevistado no documentário é o obstetra João Batista de Lima, 68 anos. Ele foi Deputado Estadual por três vezes e Vice-Prefeito da cidade. Em um de seus depoimentos chega a afirmar: “Na política vale tudo, só não vale perder!”.

O Sr. Roque Terlles, um comerciante local, candidatou-se uma vez e perdeu. Ele era dono de aviões e responsável pelo tráfego aéreo na região. “Ele perdeu porque não comprava seus votos”, afirma a diretora.

O documentário de Deise é um recorte de seu trabalho final de conclusão de curso. A estudante de Comunicação Social contou com o apoio da Fundação Universidade Federal de Rondônia para a realização do vídeo.

Fotos: Arquivo Revelando os Brasis

O Boi do Lixo, de Odaí José Pereira da Silva



Sinopse: A história, baseada em fatos reais, mostra a revolta da população quando o prefeito decide matar o boi que fazia a coleta do lixo para alimentar as pessoas, que sofriam com a seca e a escassez de alimentos. O “boi do lixo” havia sido comprado para ajudar na limpeza da cidade, e cumpriu essa função durante anos, até ficar velho demais e ser enviado para o matadouro.

“Os tempos foram passando e a chuva não chegava e os governos não ajudavam. Chegou a seca, trágica e penosa, açoitando a pobre terra, sem piedade matou cada planta do chão, deixando apenas cinzas soltas no sertão. A seca aumentava e a população não tinha praticamente o que comer. O boi estava ficando velho e cansado e praticamente sem serventia para algumas pessoas. O boi no momento era só mais uma despesa. O prefeito, que também era padre e era muito conhecido como padre Sinval e uma pessoa de inteligência invejável por muitos, resolveu matar o boi do lixo para alimentar a maioria das pessoas por mais que fosse por um dia”.

Fotos: Arquivo Revelando os Brasis

O Jegue: Patrimônio Cultural do Nordeste

 
  
  
  

Um animal esquecido, desprezado. Esse é o foco do vídeo “O Jegue: Patrimônio Cultural do Nordeste”. Em 15 minutos, a diretora Fernanda Dourado Moitinho mostra por meio de depoimentos como está esse animal que aos poucos vem desaparecendo da cultura nordestina.

Foram cinco dias de gravações. Fernanda ouviu várias pessoas. Gente que depende do animal e outros que já o abandonaram por completo. Para a diretora, o jegue, como os nordestinos, é um sobrevivente, tendo ambos enfrentado ao longo de suas vidas a falta de alimento, de água e o calor abrasador do sertão.

A diretora lembra que foi difícil fazer o documentário, principalmente por causa da distância que percorria, mas para ela o sacrifício foi válido. “Gostei muito da experiência, foi um aprendizado muito bacana”, diz.

A idéia da diretora com o vídeo é chamar a atenção da sociedade. “Pretendo proporcionar o resgate cultural do papel do animal no nordeste, que teve seu valor e hoje está abandonado. Mostrar que existem pessoas que dependem dele e que providências podem ser tomadas”.

Fotos: Arquivo Revelando os Brasis

Tico FC, de Marcos Maranhão

 
Tico

 
Bar do Tico

 
Estádio do Ypiranga

Inspirado na vida de Wilson Fermino Martins Morgado, o Tico, que cresceu jogando bola e pescando no Rio Iguaçu, até ser descoberto pelo Clube Atlético Renascença. De lá, foi para o Botafogo, do Rio de Janeiro, onde recebeu elogios de Garrincha e Nilton Santos. De volta a Porto Amazonas, abriu um bar no lugar do antigo armazém de seu pai. Hoje, ele cuida do "bar do Tico", em meio a redes e tarrafas, fotos e recortes de jornais.

“Tico, então com 21 anos, ajudava seu pai no armazém, mas tinha crescido ‘pescando no Iguaçu’ e jogando bola no time da cidade. E era ‘bom de bola’. Então, o pessoal do CAMA chegou em Porto Amazonas e levou Tico para o time deles, e ele assinou contrato. Começou a jogar pelo time na primeira divisão do campeonato paranaense. Apareceu uma oportunidade e foi parar no Botafogo do Rio, onde jogou duas partidas e foi elogiado por Garrincha e Nilton Santos, que disseram para ele ‘buscar as coisas no Paraná e vir jogar no Rio’. Voltou a Monte Alegre e pediu dispensa, mas ela não foi autorizada pelo presidente/dono da empresa KIabin. Ficou no time até o fim do contrato (um ano) e, como a chance do Rio já tinha passado, voltou para Porto Amazonas e abriu um bar no lugar do antigo armazém de seu pai. Teve tempo de ver a desativação da navegação e, posteriormente, da linha férrea. Viu a população da cidade cair de 20 mil habitantes para cinco mil em 10 anos”.

Fotos: Arquivo Revelando os Brasis

Capa de Chuva, de Zito Nunes de Siqueira Júnior



Sinopse: Num cantinho isolado do Cariri paraibano, uma família mora e sobrevive a custo de muito trabalho, enfrentando todas as adversidades. Um dia, o pai retorna com alguns presentes para os filhos: para os mais novos, brinquedos populares, e para o mais velho, uma capa de chuva, presente inusitado para quem vive no sertão.

Fotos: Arquivo Revelando os Brasis

O Grande Rio Thermal

 
  
  
  
  


O documentário “O Grande Rio Thermal”, de Joeli Vaz do Nascimento, retrata a importância de um dos rios mais visitados do país e sua contribuição para o surgimento de Rio Quente e do Estado de Goiás. O local é muito procurado por suas riquezas e efeitos terapêuticos.

O diretor utilizou o recurso da ficção para tornar o documentário mais dinâmico. De acordo com Joeli, 60 pessoas participaram das gravações, e a cidade tem valorizado muito o trabalho.

Durante as gravações, a chuva foi uma das principais dificuldades encontradas. Joeli, que realiza o primeiro trabalho audiovisual, lembra que não imaginava que seria tão trabalhoso fazer um filme, mas está satisfeito com o resultado.
O diretor ficou tão entusiasmado com o trabalho que pensa em criar o primeiro Festival de Cinema da Cidade. Ele pensa em realizar a proeza no próximo ano, já até conseguiu patrocinadores. “Já consegui seis mil reais que vou utilizar para premiar os melhores vídeos na competição”, planeja.

Fotos: Arquivo Revelando os Brasis

O Paraíso da Maria, de Maria José Estevam de Souza


Ouvindo o canto dos pássaros e o coaxar dos sapos, conversando com as estrelas, e trabalhando na roça, Maria José dá sentido ao seu tempo.

“O local de minha casa é um paraíso para mim, pois tudo que eu gosto na minha vida, vejo e escuto, é o canto do sabiá, o canto da sericora e da minha seriema às cinco horas da tarde, é o eco da cigarra no pé da serra a cantar, meu coração se transforma de alegria, a chuva caindo no telhado, o canário da terra cantando no poleiro, nesta casa tem um alpendre, lá no canto da parede tem um local só para os pássaros se alimentarem, tenho uma asa branca, minha flor de algodão, ela canta dia e noite, ela canta toda hora, só vendo para acreditar, pois tudo isto é minha satisfação, gosto da natureza, das flores perfumadas, sim, tenho um casal de pavões, o príncipe e a princesa, que encantam meu quintal de madrugada, o galo canta, o gado berra, a vaca chama o bezerro para mamar (...)”

Fotos: Arquivo Revelando os Brasis

A Força de um Grito, de Edson Silva de Jesus

Sinopse: As histórias de jovens que mudaram suas vidas usando a culinária como meio de sobrevivência, encontrando na venda do beiju de coco a saída para a desigualdade social.

“Todo o processo se dá em um ritual que se inicia às 4 horas da manhã com o preparo da massa. É um processo que leva, aproximadamente, duas horas. De inicio é necessário umedecer o polvilho que é retirado da mandioca; logo após, o polvilho é peneirado com uma pitada de sal e levado ao fogo em uma chapa de aço, ou forno de barro, como em algumas casas de farinha.
De maneira rápida e fácil se obtém o beiju em sua primeira fase, que, depois de resfriado, segue para a segunda etapa, que é o preparo de uma calda com uma pitada de sal, água, açúcar e coco. Coloca-se essa calda em um recipiente em que são mergulhados os beijus, um por um; em seguida, os beijus são armazenados em uma panela que servirá para a terceira e mais importante das fases, que é a de comercializar, de porta em porta, ou nos ônibus, na rodoviária e cidades vizinhas (...)”

Fotos: Arquivo Revelando os Brasis

Caminho de Feira

 
  
  


Nem só de barganha vive uma feira livre. Onde se compra e vende muita coisa pode acontecer. São essas entrelinhas que o estudante de direito, Abimael Borges dos Santos, pretende mostrar no documentário “Caminho de Feira”.

No vídeo, o diretor mostra a feira em Sátiro Dias, como espaço de interação popular onde convivem diferentes histórias e personagens. As gravações foram realizadas entre os dias 27 e 30 de setembro. Na segunda-feira, dia da feira na cidade, foram gravadas até cenas que não estavam previstas no roteiro. “Chegamos lá e algumas coisas aconteceram na hora, sem que nós estivéssemos esperando. Como por exemplo, um boiadeiro que recitou versos improvisados. Foi muito bom”, explicou. “Tinha gente achando que estávamos fazendo campanha para algum político. Teve gente que veio falar comigo que estávamos gravando uma denúncia política, outros até tentaram parar as gravações”. Em função da reação de algumas pessoas, algumas cenas foram regravadas mais de uma vez.

Abimael, que realizou pela primeira vez uma produção audiovisual, disse que gostou da experiência. Segundo ele, na prática tudo foi muito diferente do que aprendeu nos cursos no Rio de Janeiro. Ele se diz satisfeito com o resultado e espera que os moradores da sua cidade também aprovem o seu trabalho.

Fotos: Arquivo Revelando os Brasis

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Seu Nome Era Brasília, de Duplanir de Souza Filho

 
  
  
  
  
Fotos: Arquivo Revelando os Brasis

A Professora em uma Comunidade Alemã

 
  
  
  
  


Os desafios enfrentados por uma professora em uma comunidade Alemã, em Rio Forquilhas, São Pedro de Alcântara - SC, norteia o enredo do vídeo de Irene Reis da Silva. “A Professora em uma Comunidade Alemã”, é o relato de um recorte na vida da diretora. Aos 18 anos, com uma filha de quatro meses, encarou o desafio de lecionar em uma escola com crianças alemãs. Ela teria a difícil tarefa de ensinar português para estudantes que só conheciam o dialeto alemão.

Segundo a diretora, a intenção é mostrar as dificuldades enfrentadas, principalmente pelos alunos, que só aprendiam o português quando começavam a estudar na escola. Ela conta que, na época, a distância de 17km era percorrida com dificuldade pela falta de transporte, e justamente por isso os alunos só estudavam até a 4ª série. Alguns, quando chegavam ao final do ano, baixavam o rendimento para serem reprovados e permanecerem na escola.

Para Irene, a comunidade alemã integrada por 600 pessoas é um pedacinho do Brasil. “Ali, encontramos um dialeto diferente, alimentação, características bem marcantes. Acho que consegui mostrar isso com o vídeo”, explica a diretora.
Para gravar a ficção, a professora contou com a ajuda da comunidade. O primeiro local que buscou ajuda foi na escola “Reunida de Santa Filomena”. “Não foi difícil conseguir voluntários ali”, lembra.
Sua filha, Joyce da Silva, 21 anos, interpretou a professora. Os demais participantes foram alguns alunos e o casal Zimermann, que falou sobre o tempo de convivência com a professora. De acordo com a diretora, não foi difícil mobilizar a cidade, todos queriam participar. Agora, quem participou das gravações está curioso para conhecer o resultado.
Apesar do envolvimento da cidade um dos atores voluntários teve que ser substituído na última hora. O pai do rapaz não permitiu a participação dele no vídeo. A diretora destaca a participação de Liane Castilhos, outra selecionada pelo Revelando os Brasis ano III, no seu vídeo. Liane trabalhou como assistente e fotógrafa.
Depois das gravações Irene considerou a experiência maravilhosa. “Foi cansativo, mas incrível. Minha idéia era mostrar esse pedacinho do Brasil que precisava ser revelado e acho que consegui”, explica.

Fotos: Arquivo Revelando os Brasis

Taipa no Estado de São Paulo

 
  
  
  
 

O documentário “Taipa no Estado de São Paulo” apresenta o processo de construção de moradias que persistem ainda em núcleos de remanescentes de quilombos em
Iporanga (SP) e em municípios vizinhos. São as casas de Taipa.

No vídeo, a diretora mostra a relação da casa com quem a possui e a importância disso. Para gravar o documentário, a arquiteta enfrentou 14 km de estrada de chão, depois de alguns dias de chuva. Ela lembra que só conseguiu chegar ao local das gravações com o apoio de uma mula e um guia da cidade. “Para quem não está acostumado com a estrada é ainda mais difícil. O Gustavo, cinegrafista, caiu várias vezes no percurso. Teve momentos que eu achei que ele não fosse se levantar”, lembra.

Foram dois dias intensos de gravações. A comunidade cancelou um mutirão para plantação só para realizar o trabalho no dia das gravações. Nesse dia, fizeram uma grande festa. Prepararam um almoço farto e muita música, tudo foi registrado e entrou no documentário. A diretora lembra que os moradores do local fizeram questão de participar do vídeo.

Segundo Lia Márcia, muitas casas na região já perderam as características de origem e acabaram sendo trocadas por casas de alvenaria. Essa foi uma das dificuldades enfrentadas para a realização do documentário. Um dos poucos que ainda resiste ao novo e mantém a tradição da casa feita de terra é o Sr. José Muniz, 75, o “Juquinha”. Ele foi um dos entrevistados no documentário e fala sobre a importância da sua casa.

Outro entrevistado no documentário foi o Sr. Antônio Ursulino de Matos, vice-presidente dos remanescentes de quilombos. Ele falou sobre a associação de quilombos, a relação entre eles e a forma de convivência do grupo.



 
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