terça-feira, 30 de setembro de 2008

É assim que a banda toca










Rio Pomba (MG) é um município que traz em sua história muitas bandas de música que, de alguma forma, fizeram parte de acontecimentos nas vidas de muitos moradores. Revelar a importância de uma banda de música para a manutenção das tradições culturais em uma pequena cidade é a proposta do documentário “Uma Banda em Nossas Vidas”, da musicista Eliane Maria Vieira. Para isso, ela reuniu depoimentos de diversos moradores.

São esses fatos marcantes na vida dos entrevistados que ela quer destacar. Alguns lembraram o tempo em que a banda seguia o coro da igreja nas coroações de Nossa Senhora, ou o cortejo até a casa das meninas coroadeiras (as jovens que coroavam Nossa Senhora).

Há os que se lembram do tom que as músicas davam às comemorações religiosas. Se era Semana Santa, as músicas eram mais tristes. Em procissões como as de São Manoel (padroeiro da cidade), do Sagrado Coração de Jesus ou Corpus Christie, a banda tocava músicas alegres.

Teve gente que, por causa da banda, elegeu a música como profissão. É o caso do regente voluntário do coral de crianças da Escola Municipal São José, Sildo Vital Gaudereto, que é educador musical e compositor. Ele lembra que, quando criança, adorava ver a banda tocar e acompanhar as procissões ao lado dos músicos. Quando chegava em casa, ele e o irmão pegavam tampas de panelas, cones de papelão e cartolina, improvisavam os instrumentos e saiam tocando.

Para as gravações, a diretora contou com o apoio de três bandas: Sociedade Musical Santa Cecília de Rio Pomba, Filarmônica Visconde do Rio Branco (Visconde do Rio Branco - MG) e Sociedade Musical Progresso de Valença (Valença - RJ). Cada banda é composta, em média, por 25 componentes.

Para ilustrar os depoimentos dos moradores da cidade, Eliane teve a ajuda da comunidade. De acordo com a diretora, muitas pessoas se envolveram com o projeto.

Recado de Maria de Lourdes (SP)

A diretora Maria de Lourdes Scabine Lezo, do vídeo "O Dono do Carnaval", manda e-mail para o blog com o seguinte recado:

"Gostaria de falar da importância do trabalho dos profissionais Thais Taverna (câmera) e Fernando Coster (som/edição), que atuaram na realização do meu vídeo. Eles foram fundamentais, pessoas maravilhosas e dedicadas. Tenho certeza que eles fizeram o trabalho com muito amor, e conseguiram se envolver com toda a comunidade da pequena Taiaçu. Só tenho palavras de gratidão e carinho".

Recado dado.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Uma história através de imagens






O documentário “Photographos - Cima da Serra”, de Liane de Oliveira Castilhos, moradora de Cambará do Sul (RS), conta a história da fotografia no município em três décadas diferentes. Segundo a diretora, a cidade tem tradição em abrigar muitos fotógrafos. Seu pai, por exemplo, era um profissional nessa área; ela, que também virou fotógrafa, aprendeu com ele a gostar do ofício.

A história fará uma homenagem aos fotógrafos que contribuíram para a memória da cidade, entre eles o pai da diretora, Irineu Castilhos. Liane vai apresentar, de forma ficcional, a trajetória desses profissionais em diferentes épocas. Além do figurino, isso também será observado pelas cores. Na década de 1920, a fotos eram em preto-e-branco; na década de 1950, predomina no vídeo o tom sépia; e na década de 1970, muitas cores são utilizadas.

As gravações foram realizadas entre os dias 5 e 8 de setembro de 2008. Liane relata que uma das maiores dificuldades enfrentadas foi o frio. Todo o figurino de época teve que retornar para os armários. Os atores não conseguiram usar as roupas por causa da baixa temperatura. Na última hora, foi preciso improvisar um novo guarda-roupa.

Liane conta que a cidade se envolveu muito na produção do vídeo. “As pessoas se dedicaram tanto que falavam: ‘O nosso filme’. Eles se identificaram muito e isso trouxe um resultado muito positivo”.

Para as cenas que retratam a década de 1920, que retratam a vida do fotógrafo Orlando Esteves, 24 pessoas participaram dos trabalhos. A cena foi gravada em uma fazenda do interior da cidade. Na década de 1950, o documentário destaca o fotógrafo José Barth.

Por último, na década de 1970, a produção faz uma homenagem ao fotógrafo Irineu Castilho, em uma seqüência que começa com a chegada do fotógrafo, sua esposa e filha mais velha a Cambará do Sul. No vídeo, a irmã de Liane, Enaide Castilhos, representa a mãe das duas, Leci Castilhos. Em seguida, será mostrado o primeiro trabalho de Irineu na cidade, que foi fotografar a inauguração de um banco. Essa cena foi gravada em local aberto, e reuniu 55 figurantes. Alguns curiosos pararam o que estavam fazendo para acompanhar a gravação dessa seqüência.

Uma vida dedicada à cultura











“O Baque da Zabumba Centenária Contra o Tic-Tac do Tempo”, documentário de Genaldo de Souza Barros, de Iati (PE), conta a história de Manoel Leite Sobrinho, também conhecido com Mané Rita. O vídeo já foi inteiramente gravado e editado.

Personagem querido na cidade, Mane Rita destacou-se pela dedicação ao movimento cultural das bandas de pífano na comunidade. Há cerca de 80 anos, ele criou a Banda de Pífanos Zabumba de Mané Rita.

O músico viveu até os 104 anos, tendo falecido pouco tempo antes das gravações, no dia 23 de julho de 2008. Mas, até 2007, Mané Rita ainda fazia algumas participações junto com a sua banda, tocando zabumba. Atualmente, cinco integrantes dão seqüência ao trabalho iniciado por ele: José Rita (filho de Mané Rita), 73 anos; Manoel Gonçalves, 70; Nêgo Rita, 69; Pedro Pereira, 65; e Manoel Titino, 62. Dado curioso: as pessoas costumam viver muito na cidade, que tem 17 mil habitantes. Atualmente, há cinco habitantes com mais de 100 anos. A população de idosos é grande.

O documentário vai mostrar essa história de dedicação à cultura nordestina. O vídeo apresenta a visão da família, dos músicos e de amigos do tocador. Também serão mostrados trechos de uma gravação feita no início de 2008 pelo diretor, em que o zabumbeiro toca algumas músicas com sua banda.

Genaldo pretende exibir imagens do velório e do enterro do músico. Para ilustrar a participação da banda no encerramento das novenas, foi preciso montar uma estrutura, tal qual a realizada nos meses de janeiro, quando de fato acontecem as quermesses. Cerca de 100 pessoas participaram dessa parte da gravação.

O diretor ressalta ainda o interesse do público mais jovem pelo audiovisual. Segundo ele, muitas crianças quiseram conhecer mais o processo de gravação. Um outro grupo também se interessou pela fotografia. O interesse foi tanto que ele pretende organizar oficinas de filmagem e fotografia para o público interessado.

O Carnaval é de Bil








Uma verdadeira folia. Foi esse o clima das gravações do vídeo “O Dono do Carnaval”, realizadas entre os dias 23 e 26 de agosto, em Taiaçu (SP). De acordo com a diretora do vídeo, Maria de Lourdes Scabine Lezo, a cidade abraçou o trabalho, e cerca de 120 pessoas participaram das filmagens, entre atores, figurantes e curiosos.

O vídeo é uma homenagem a um personagem muito querido na cidade: Waldomiro Filage, o Bil. Todos os anos, no carnaval, ele se veste de baiana e sai pelas ruas para participar da folia. Além disso, Bil é benzedor. Ele atende aos que procuram por uma bênção especial em uma capela em sua residência. Anualmente, promove a festa dos Reis Magos. Ele visita os lares de Taiaçu, com a bandeira dos três reis santos, pedindo prendas para a festa.

Para mostrar o amor de Bil pelo carnaval, a diretora criou uma história totalmente de ficção. Na trama inventada por Maria de Lourdes, o personagem se inscreve no sorteio para vestir as fantasias de baiana da escola de samba da cidade e acaba sendo um dos contemplados. Uma série de mal-entendidos leva os moradores a acreditar na morte de Bil, que, mesmo dado como morto, não deixa de fazer sua aparição triunfante no desfile.

O próprio Bil interpretou a si mesmo. Segundo a diretora, a gravação do desfile foi a mais movimentada. A avenida foi tomada por um grupo de cerca de 50 pessoas divididas em alas, a começar pela comissão de frente, porta-bandeira e mestre-sala, pessoas fantasiadas de animais, os blocos Cheropita (tradicional nos festejos da cidade) e da terceira idade, a bateria da escola e a ala das baianas. As fantasias utilizadas foram as mesmas do Carnaval 2008 de Taiaçu e Batatais (cidade a 110km de Taiaçu).

Os blocos deram um colorido especial à passarela. O Cheropita, composto por 20 moradores de Taiaçu, levou para a avenida as cores prata e preto. O da terceira idade, movimentado por dez idosos do Centro de Convivência, foi para as ruas com as cores vermelha e branca. O terceiro bloco, formado por seis moradores da comunidade, levou o estampado em preto, verde e vermelho para a passarela do samba.

O desfile foi animado pela bateria da Escola de Samba Unidos de Taiaçu, formada por 16 músicos. O grupo, mesmo sem samba enredo, deu ritmo à passagem dos blocos pelas ruas da cidade. O desfile foi gravado em uma hora e meia.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Aventuras na estrada



“Passageiro 1219”, vídeo de ficção da universitária Patrícia Justino Martins da Silva, de Palestina (SP), apresenta o cotidiano de quem depende do transporte coletivo diariamente para se locomover de casa até a faculdade. O vídeo mostra as dificuldades enfrentadas por quem precisa trabalhar o dia inteiro e, depois, enfrentar quase quatro horas de estrada para chegar à sala de aula.

A idéia é apresentar de forma cômica as situações corriqueiras enfrentadas por quem depende desse tipo de transporte. É o grupo que joga truco no fundo do ônibus, os que tocam violão, os que tentam dormir ou estudar, o pneu do ônibus que fura e precisa ser trocado, e por último a chuva, que também atrasa a viagem.

As gravações aconteceram dentro do ônibus emprestado por uma empresa privada que faz o transporte dos estudantes da cidade de Palestina a São José do Rio Preto. As imagens foram captadas em dois dias. Uma das dificuldades encontradas, segundo a diretora, foi fazer a cena da chuva. A equipe utilizou uma mangueira com pressão para obter o efeito, porém, o vento não ajudou muito.

Patrícia está no último ano do curso de Comunicação Social, com habilitação em Publicidade. Ela é uma estudante que enfrenta diariamente as situações que aparecem no vídeo.

A vida no picadeiro







O vídeo “O Circo Chegou”, de Thiago de Souza Santos, de Santa Gertrudes (SP), vai contar a história da Família Bartolo, um ícone da história do circo no País. As gravações aconteceram entre os dias 25 e 31 de agosto de 2008. Nesse período, Thiago e sua equipe viajaram até a cidade de Alumínio, distante 180km de Santa Gertrudes, onde começou a acompanhar o trabalho do grupo.

O ponto alto do documentário deverá ser o reencontro da família com o filho mais velho, que, há cerca de quatro anos, não via os pais e irmãos. Casado com uma artista circense da argentina, acabou percorrendo outros rumos. Separado, retornou para o seio da família. O reencontro será mostrado no vídeo.

Partindo de Alumínio, a produção do vídeo acompanhou o Circo Mágico Nacional até Santa Gertrudes. Duas apresentações foram gravadas e farão parte do documentário.

Para o diretor, a Família Bartolo representa a resistência da cultura circense. “Hoje eles não conseguem se enquadrar mais ao nosso formato de sociedade. O ritmo e organização deles são muito diferentes. Se, por exemplo, o pneu do carro deles fura no meio da estrada, até disso fazem piada”, avalia.

Durante as gravações, Thiago lembra que foi preciso improvisar para garantir bons enquadramentos. Em um determinado momento, foi preciso um trilho para fazer a câmera correr na velocidade da ação a ser gravada. Na ausência do equipamento apropriado, a equipe usou uma cadeira de rodas para garantir o efeito desejado.

Responsadeiras fazem “milagres” em Vila Valério (ES)



O “responso”, cuja raiz latina da palavra indica “resposta”, é uma forma de oração muito antiga na Igreja Católica. Remontando à Idade Média, sempre envolvia a intercessão de um santo, na maioria das vezes Santo Antônio, seja para uma cura ou para encontrar algo perdido.



Vila Valério, no Espírito Santo, é uma daquelas cidades onde as raízes religiosas ainda estão muito ligadas à cultura do povo. Uma demonstração disso são as responsadeiras, pessoas que possuem, segundo os moradores, o dom do responso.



A fama dessas mulheres é tão grande na cidade que até mesmo o responsável em fazer os comunicados no alto-falante da igreja as indica quando alguém o procura para achar um objeto perdido. “Ele afirma que é mais certo e rápido através da ajuda delas”, conta o diretor do vídeo “As Últimas Responsadeiras”, Patrik Camporez Mação. O documentário está em processo de edição.



Em seu vídeo, Patrik acompanha o dia-a-dia de quatro responsadeiras: Carmelinha e Ilda, moradoras do Centro; Ignêz, de Córrego Padre Francisco; e Tia Maria, do Distrito de São Jorge da Barra Seca. Elas colecionam, com orgulho, cadernos com incontáveis casos já solucionados. Carmelinha, que hoje estuda Psicologia em uma cidade próxima e atende nos fins de semana em sua casa, tem três cadernos preenchidos. Segundo Tia Maria, o responso dá tão certo que ela até já fez parceria com a polícia local (na última vez, conseguiu recuperar um aparelho de DVD que tinha sido furtado).



Além das responsadeiras, a comunidade também teve um papel fundamental na concretização do projeto. “Vila Valério se viu pela primeira vez em contato com uma produção audiovisual. Por onde a equipe passava encontrava pessoas dispostas a colaborar”, diz Patrik. “Os colégios públicos municipais e a Igreja Católica colaboraram de forma efetiva para a produção do documentário, disponibilizando espaço físico e pessoal. Professores, líderes religiosos e pessoas influentes na comunidade uniram-se para ajudar nas pesquisas, procurando histórias interessantes. Enfim, o vídeo foi produzido em comunidade”.



Na avaliação de Patrik, o vídeo foi uma experiência positiva para as responsadeiras. “No final de nossas gravações, já havia jornalistas que vinham entrevistá-las, e nem era sobre o vídeo, mas sobre elas mesmas”, conta o diretor, que ainda lembra de um fato inusitado durante as gravações de seu documentário. “Estávamos nos preparando para gravar quando o produtor reparou que a câmera não funcionava. Tentamos de tudo e nada. Então fomos até elas e pedimos que orassem. E não é que funcionou?”

Cachorro-quente do mal


O jogo está acirrado. Ginásio de futsal lotado. Torcida à flor da pele numa rivalidade antiga entre cidades – um clássico. Cada ataque é como se fosse o último, até as defesas são comemoradas. O time da casa começa bem, apesar da desvantagem técnica (a outra cidade roubou-lhe dois atletas antes da partida). 2x0. Até que uma menina, não mais que seis anos de idade, começa a comer o seu “cachorro-quente do mal”. Havia algo naquilo, só podia ser.

Cada dentada, uma tragédia para o time da casa. Bola chutada em cima do goleiro do outro time, gol dos adversários, confusões... E parece que ninguém se atenta para a malignidade do alimento, além do protagonista do vídeo de ficção “Cachorro-Quente Vodu”, de Elano Ribeiro Baptista.

Gravado entre os dias 23 e 24 de agosto, o vídeo contou com o apoio em massa da população de Mendes (RJ). Só no ginásio foram mais de 150 figurantes, fora os protagonistas e os outros moradores que ficaram na porta. “Foi muito legal o assédio do pessoal da cidade”, disse Elano. “Sempre aparecia gente querendo participar, quase fechamos as portas do ginásio, só não fizemos isso porque precisávamos da luz para gravar, e também porque ia ficar chato”.

Mas esse movimento todo tem sua origem na divulgação feita pela equipe de Elano, que visitou escolas e fez contatos com o jornal da cidade e com o site Rio-Sul Net, até mesmo o DJ da discoteca da cidade contribuiu para a divulgação.

A mobilização da cidade foi tanta para o projeto que só para o papel da menina do cachorro-quente houve 14 candidatas. Pena que apenas uma poderia desempenhar o papel. A escolhida foi Ana Clara Razut Gorito (foto), oito anos, que além de ter se destacado das demais no que dizia respeito à interpretação e carisma, era a que mais se aproximava fisicamente do que o diretor havia pensado para a personagem e para a história que havia concebido.

Veja mais fotos da gravação no link
http://revelandoanotres.blogspot.com/2008/09/produo-cachorro-quente-vodu.html

Diário de gravação: Chaves (PA)






O diretor Daniel Corrêa manda notícias das gravações no Pará:



"No dia 24 de setembro, às 8h55, encerram-se as gravações de seis dias do vídeo 'Sou Teu Maninho! Um Grito Marajoara'. Percorremos uma longa jornada até chegar a esse momento, mais precisamente de Chaves, na Ilha do Marajó, até a capital do Estado, Belém. Figurantes e elenco viajaram em um pequeno barco, passando por todos os problemas que a história do vídeo retrata, inclusive a forte maresia e o desconforto desse tipo de embarcação.

As gravações do vídeo em Chaves começaram no dia 19, com cenas na cidade; no dia 20, foram feitas cenas em uma praia, distante 50 minutos da sede do município. Elenco e equipe técnica adentraram em um barquinho, às 5h da manhã, depois em canoas e, em seguida, chegaram à locação, só retornando às 16h. No dia 21, foram gravadas cenas do 'assalto à embarcação'. As gravações ocorreram à noite, sendo que esse trabalho foi concluído trabalho somente de madrugada, para logo em seguida, dia 22, pela manhã, gravarmos as cenas diurnas (dentro do barco), que duraram até as 18h. Elenco, equipe técnica e figurantes tiveram muita paciência para suportar as maresias e intempéries. Houve também tomada aérea, isso tudo depois de longas horas de gravações.

Dia 23, houve a partida, às 23h, de Chaves até Belém. A viagem foi recheada de tormentas, mas garantimos cenas excelentes da natureza amazônica. Enfim, a chegada à capital, às 5h do dia 24. A cena da chegada foi feita com uma lancha de apoio, além da ajuda de outras embarcações que ali estavam ancoradas. Fizemos o melhor que pudemos. Chegamos ao máximo da exaustão física e psicológica, mas o resultado vai valer à pena". (Daniel Corrêa)



 
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